Se Arrependimento Matasse...

No carnaval do ano passado eu já estava grávida. estava ainda no comecinho e nem dava para perceber direito. ninguém além de mim e da minha mãe sabia. quais manter assim em segredo porque meu marido não queira filhos naquele momento, então resolvi aguardar uma melhor hora para comunicá-lo. como estávamos meio brigados e ele iria trabalhar no carnaval, resolvi viajar para esfriar a cabeça.
Sou Mara.
Casada, 26 anos.
Nunca tinha traído meu marido, nem quando namorávamos essa possibilidade sequer tinha passado pela minha cabeça. mas naquele dia, justo naquele dia, aconteceu.
Sei que não é desculpa e não justifica, mas chateada e com caipirinha rodando na cabeça não teve jeito: fraquejei! começou com uma noite e seria só aquela noite, mas aí o corpo pediu uma 2ª, 3ª noites e a despedida na 4ª de cinzas. não serei hipócrita de dizer que não foi bom, mas se eu pudesse apagar, arrancar a página daquele carnaval da minha vida, não pensaria duas vezes.
O meu prolema não começou no carnaval, e sim alguns meses depois dele, quando reencontrei o homem com qual tive esse breve caso. para azar o meu, ele morava aqui em 1 bairro vizinho, e quando me viu grávida abriu 1 sorriso de orelha a orelha pensando que o filho fosse dele. já expliquei mais de 1000 vezes e não adianta, ele está convencido de que o filho é dele, e pior, quer porque quer assumir a criança. estou desesperada! ele está ameaçando contar para o meu marido. eu não sei mais o que fazer para me livrar desse pesadelo.
ficando maluca com essa história.
Se meu marido descobre, eu é fudida!


Enviado por: Mara.
Imagem: robertoploeg.blogspot.

O Dia em Que fui Piranha.

Meu casamento estava uma droga. Carlos e eu já não nos entendíamos há tempos. acho que 1 já estava cansado do outro, por isso nos evitávamos, pois do contrário era só briga e mais briga. pelos motivos mais banais brigávamos feito cão e gato. estava cansada. meu casamento estava uma droga.
Sou Késia, 29 anos.
Casada, sem filhos.
Carlos e eu já não fazíamos sexo há tanto tempo que nem me lembrava mais quando tinha sido a última vez. mas tudo bem, o sexo não era bom mesmo, não senti falta nenhuma do Carlos.
Carlos não me completava na cama, não me fazia feliz, não me fazia sentir plena como mulher. Carlos não tem nenhuma sensibilidade, talento e carinho. ele não sabe como tocar uma mulher. ele é ruim na cama e fora dela.
A única coisa boa que Carlos fez na vida foi trazer 1 amigo dele carioca para dormir 1 dia aqui em casa. ele foi buscá-lo no aéroporto à noite. o amigo ficaria aqui até a noite seguinte, quando retornaria ao aéroporto para pegar a conexão perdida devido ao atraso do vôo no Rio. Carlos foi trabalhar e ficamos só eu e o carioca em casa. tomamos café juntos e passamos a manhã toda nos olhando. acho que ele percebeu logo de cara o que eu queria e tanto precisava. o meu almoço naquele dia foi o carioca. fizemos coisas incríveis, coisas que eu sonhava e coisas que eu nem imaginava que existiam. foi divino! quanta diferença do Carlos para o carioca! carioca tinha tato, tinha jeito, era carinhoso e sabia muito bem como tratar uma mulher na cama. carioca me mostrou várias formas de me sentir plena e realizada. como é bom ser bem comida!
Meu carioca foi embora e meu casamento voltou a ser a mesma droga de sempre.
Só sendo piranha mesmo para ser feliz!


Enviado por: Késia.
Imagem:  tapurahfolha.blogspot.

Eu já Tive um Amante.

Nem sempre a minha vida foi chata assim.
Nos anos 90, quando meu marido ainda era vivo, eu tive 1 amante. e não me arrependo!
Sou Ilena.
54 anos.
Conheci Correia no hospital, na eterna batalha que enfrentava meu marido contra internações e sessões de hemodiálise. foram anos e anos nessa rotina. estava cansada, desgastada, desanimada da vida. mas foi justo nesse momento que conheci Correia.
Não pensei que naquele momento da minha vida alguém pudesse se interessar por mim. eu estava magra, abatida, descuidada e sem cabeça para qualquer outra coisa que não fosse doença. assim como eu, Correia também sofria com sua esposa, por isso sabia exatamente o que eu estava passando. passamos a conversar com maior frequência enquanto meu marido e a esposa dele ficavam na hemodiálise. mesmo me sentindo lisongeada, afinal fazia séculos que alguém não se interessava por mim, não me mostrei disponível e até me senti ofendida tentando me afastar, mas ele insistia e acabou acontecendo.
No começo me senti culpada por toda aquela situação em que se encontrava meu marido, e também por nunca ter feito aquilo em tantos anos de casada, sem contar que Correia também era casado. mais uma vez tentei me afastar, mas ele não desistia e a carência acabou falando mais alto. continuamos nos encontrando e nos encontrando. tinha que admitir: tinha reencontrado a alegria de viver. estava sendo maravilhoso!
Ficamos nessa vida por exatos 1 ano e 2 meses, nos encontrando umas duas vezes por semana. tudo terminou não por culpa minha, mas por ele que alegou estar sendo pressionado pela mulher que aquela altura já desconfiava de nós 2. por mim continuaria, mas Correia preferiu ficar com sua mulher. achei melhor não brigar, não faz meu estilo escândalos, e também tinha uma família e muito a perder.
Ao menos ficou a lembrança, de 1 tempo em que fui feliz!

Enviado por: Ilena.
Imagem: google.

Minha Vida Acabou Depois que Meu Filho Morreu.

Eu me lembro como se fosse hoje. é como 1 filme que não pára de passar na minha cabeça. eu tento dar stop mas ele começa de novo. aquele foi o pior dia da minha vida. foi o dia em que morri para o mundo.
Sou Kassiane.
Divorciada, 26 anos.
Era domingo e meu marido iria levar Jonas (meu filho) para passear no shopping. foram de carro e eu fiquei em casa porque estava cansada, tinha cuidado a semana inteira dele que estava doentinho, mal dormia direito por conta das febres que ele andava tendo. estava cansada, confesso, precisava de umas horinhas de sono.
Meu marido parou no sinal, quando foi rendido por 2 homens de moto que anunciaram assalto. o desgraçado ao invés de dar tudo o que tinha, com medo de perder uma droga de 1 carro usado que ainda estava pagando, acelerou tentando fugir. os bandidos atiraram e uma das balas acertou em cheio a cabeça do meu menino. ele morreu na hora. o desgraçado do meu marido nem se arranhou. minha vida acabou naquele dia, junto com a do meu filho. não tenho mais lágrimas para chorar, eu choro sem lágrimas. não desejo isso para ninguém, nem para a pior mãe do mundo. é uma dor enorme que nunca vai passar, por mais que você chore ou que o tempo passe, o buraco que fica nunca se fecha. não há nada pior no mundo do que perder 1 filho. é tão desumano que deveria ser proíbido de acontecer. não tem cura.
Meu menino só tinha 1 ano e 4 meses. tinha uma vida inteira pela frente e ainda tínhamos muito o que curtir juntos. tinha tantos planos para ele. tenho tantas fotos. queria tanto ouví-lo chamar meu nome a todo pulmão, bem alto para todos ouvirem. mas agora não pode mais.
Me separei do meu marido, não conseguia mais olhar para sua cara. sei que ele não queria isso, mas não consigo deixar de culpá-lo. se ele tivesse dado a droga do carro naquele dia, nada disso teria acontecido e meu menino estaria hoje aqui brincando comigo. a culpa é dele!
Estou tentando recomeçar minha vida aos pouquinhos, estou fazendo terapia, trabalhando em meio período, tentando viver 1 dia de cada vez.
Não sei se vou conseguir.

Enviado por: Kassiane.
Imagem: seilasaigao.blogspot.
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